Monitoramento de desembarque aponta diminuição na oferta de peixe em Santarém

Entre os anos 2011 e 2016 foram desembarcados 4.886.455 (kg) de peixes na Feira do Pescado. A maior parte das capturas se concentra em um pequeno grupo de espécies. Resultados indicam risco de extinção

Constatação foi feita pelo coordenador do Laboratório de geoinformação aquática do ICTA da Ufopa Keid Nolan – “A gente visualizou claramente uma tendência de aumento da produção, do volume desembarcado. Observamos que algumas espécies nesses últimos cinco anos apresentaram uma  tendência de declínio na quantidade de volume desembarcado na feira. Isso pode indicar que elas correm risco de extinção” - explica.

Os dados foram apresentados durante o Primeiro Ciclo de debate sobre o desembarque pesqueiro no Baixo Amazonas realizado nos turnos manhã e tarde na Colônia de Pescadores Z-20 e Ufopa, respectivamente.

Participaram do encontro, pescadores de Santarém, Oriximiná, Curuá, Almeirim, Secretaria Municipal de Meio Ambiente dos municípios de Terra Santa e Juruti e Administradores dos Mercados de Santarém.

Segundo a professora da Ufopa e Membro da Sociedade Para Pesquisa e Proteção da Amazônia (SAPOPEMA) Socorro Pena, pesquisas também apontaram dificuldades para realização da atividade pesqueira na região: “Os principais problemas apresentados, estão relacionados a infraesrutura do setor porque não tem estrutura de embarque e desembarque do pescado, pontos de comercialização, problemas socioambientais com invasões de geleiras que vem de fora do estado com grandes malhadeiras e falta de fiscalização dos órgãos competentes” - explica.

Para o coordenador da Sapopema - Antonio José Bentes “Nós temos participado desse processo como parceiros. É fundamental para discussão do levantamento de informações para a construção da elaboração do plano de desenvolvimento da pesca que é o instrumento maior norteador de diretrizes para o ordenamento de pesca na região” – conclui.

 

Gráfico divulgação Lagis/Ufopa