Feira do pirarucu de manejo do Pará vende 1 ton de peixe em Santarém
/Antes do horário previsto, estoque esgotou. Coordenação planeja nova edição para antes do período do defeso;
O primeiro evento de comercialização do pirarucu oriundo do manejo sustentável foi considerado sucesso. Apesar da chuva, o sábado (26/09) foi marcado pela participação intensa de consumidores de Santarém e região. Previsto para encerrar às 16h, o evento finalizou às 13h com venda de todo o produto, totalizando cerca de 23 mil reais para os manejadores, que fizeram questão de expor a felicidade com a feira:
“Pra mim foi acima do esperado. Eu não esperava vender rápido a quantidade que a gente trouxe” - Juvenal de Sousa, Tapará.
“Objetivo nosso é fazer a nossa comunidade crescer no manejo do pirarucu. Foi muito legal a feira, movimento bom. Era isso que nós esperávamos” - Edcarlos dos Santos, Pixuna do Tapará.
“Nós ficamos muito felizes, foi muito proveitoso, a população compareceu e nós conseguimos vender todo nosso pescado. Há mais de 30 anos trabalhamos com esse peixe e pra nós a ajuda do Sebrae e Sapopema veio só somar e foi um aprendizado pela primeira vez e estamos muito felizes” - Amarildo Fernandes, Tapará Miri.
“Foi um sucesso. A gente trouxe 250 quilos e vendeu tudo. É uma parceria, porque se fosse só nós não conseguiríamos fazer tudo isso” - Antônio Pimentel, Tapará Grande
“Pra gente foi boa. Muita gente perguntando quando vai ter, se vai ter no próximo sábado” - Antônio Ferreira, Pixuna do Tapará.
Com demarcações no chão da Praça São Sebastião, os consumidores puderam fazer as compras adotando as medidas de proteção. Frascos de Álcool em gel, luvas, máscaras e toucas foram disponibilizadas para reforçar a segurança dos consumidores e pescadores. A ação fruto da parceria entre Sebrae, Sapopema, Colônia de Pescadores Z-20, Ufopa, Sedap e Semap teve ainda a opção de drive thru para os consumidores que optaram em comprar direto de seu veículo.
Além de adquirir o produto, alguns consumidores fizeram questão de entender o processo do manejo e tirar dúvidas: “Na minha mente, logo quando eu vi, eu pensei que era de criadouro. Aí depois eu pensei que era de manejo e eu vi os peixes muito adultos e a gente queria entender como que era o projeto e teve essa curiosidade de saber. Eu acho que é importante pra que a gente possa disseminar essa informação” – contou a servidora pública, Veleide dos Santos.
Os empresários apoiadores da iniciativa também fizeram questão de prestigiar o momento. Gilmar Pastana, empresário do setor de panificação foi acompanhado de banda instrumental com música regional: “Estamos acompanhando a evolução. Acreditamos que esse projeto vai atender a expectativa não só dos produtores, como nós que vamos transformar esses produtos em delícias para os nossos clientes”.
A Ação da campanha pela valorização do pirarucu de manejo sustentável, integrou a programação do mês Agro do Sebrae, e é uma continuidade de uma estratégia que começou em 2018 com a realização de capacitações em empreendedorismo, rodadas de negócios, cursos de filetagem e manipulação. Nesta fase a campanha pretende fortalecer o consumo desse peixe, e incentivar consumidores a pedir aos proprietários de restaurantes e feiras que forneçam o peixe de conservação.
“A primeira feira do manejo cumpre seu grande objetivo que é divulgar e promover essa atividade que ocorre na região há 20 anos e a população não conhece. O grande objetivo era fazer essa aproximação do pescador com o consumidor, as pessoas entenderem esse esforço” – Antônio José Bentes.
“Sucesso. Seguimos os protocolos, os pescadores conseguiram vender até mais rápido do que esperavam. Cada vez mais esses pescadores possam ter um preço justo pelo manejo que eles fazem do pirarucu. Pra quem tiver assistindo, a gente deixa o convite para próxima edição. A população está pedindo, os pescadores” – gerente regional do Sebrae, Michel Martins.
“Quando nós apoiamos ações como essa, a gente não está vindo apenas comprar esse produto. A gente está financiando a preservação dos estoques pesqueiros, assim como a preservação dessas comunidades. Essa é uma das formas de a gente poder aplicar e as nossas pesquisas terem resultados mais rápidos e impactos sociais” - Fabrizia otani – professora da ufopa
“Valorizar o trabalho dessas comunidades, nossos companheiros pescadores e trazer isso pro público para mostrar a importância de se preservar, do manejo” - Manoel Pinheiro – Diretor da Colônia de Pescadores Z-20.
“É um momento de bastante alegria para a Sedap e governo do Estado esse apoio a iniciativa do manejo do pirarucu que é um meio de conservação da natureza” - Alisson Castro – coord. regional da Sedap Santarém.