"Negócio bom pra nós e pra eles" - diz empresária de Alter do Chão sobre Rodada de Negócios

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Encontro entre pescadores de pirarucu manejado e empresários locais aconteceu em salas do Sebrae. Comunitários de Pixuna, Santa Maria e Tapará Miri apresentaram a iniciativa sustentável, o produto e preços para os proprietários de restaurantes de Santarém

Na ilha do amor em Alter do Chão, os pratos a base de pirarucu são os preferidos diz a empresária da vila, Marilza Soares: "na manteiga, no escabeche, no milho verde, ao molho de camarão". Em mais de vinte anos de experiência com restaurante ela participou da rodada de negócios e saiu animada: "Talvez a gente vai fechar um negócio bom pra nós é pra eles. É mais seguro, com selo de qualidade. As vezes o turista exige da gente" - revela.

O empresário do setor de panificação e restaurante de Santarém Gilmar Pastana integrou a rodada de negociações: "eu não tinha ideia desse processo, desses valores agregados que eles expuseram pra gente a pouco. Essa oportunidade de negócio nos garante um produto de segurança de qualidade. Eu estou impressionado com esse projeto de manejo aqui perto da gente" - finaliza.

O evento realizado na manhã desta sexta (26) no Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e pequenas empresas em Santarém possibilitou a conversa entre o pescador que realiza o manejo comunitário com os empresários que oferecem o pirarucu aos consumidores. - " é a comunidade se organizando para estabelecer um processo de uso sustentável de recursos e pesca. Aqui nessa rodada de negócios tem o esforço de comercialização do pirarucu. A intenção é que isso evolua para comercialização de outras espécies" - destacou o coordenador da Sapopema Antonio José Bentes.

José Pereira - pescador da comunidade Santa Maria ficou feliz com a oportunidade de apresentar o seu trabalho: "através do manejo que a gente vem trabalhando há 20 anos, há possibilidade de aumentar a produção com os acordos responsáveis deixando o peixe se reproduzir".

Segundo o Sebrae o objetivo da rodada foi alcançado. Ao todo foram R$ 177.500,00 em contrato de intenção de compra firmados com as 3 comunidades.

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