Triplica número de pirarucus em lago do Tapará Miri
/Carepaua é um dos quatro lagos contados nos dias 21, 24 e 25 de fevereiro. Resultado apontou que a quantidade de peixes é três vezes maior que em 2017
Nos três dias de contagem foram contabilizados os pirarucus dos lagos Carepáua, Taboca, Redondo e Catauari Grande. Uma equipe composta por pescadores certificados na técnica de contagem visual de pirarucu, membros da equipe técnica Sapopema e colaboradores da Universidade Federal do Oeste do Pará realizou o procedimento anual de monitoramento da espécie.
No lago Carepaua localizado na comunidade Tapará Miri, região do Rio Amazonas, foram identificados 158 e 431 unidades em 2017 e 2018, respectivamente.
Os dados servem de parâmetro para análise do trabalho de monitoramento dos lagos realizado pelos próprios pescadores durante o ano para evitar a pesca predatória da espécie de alto valor comercial que corre risco de extinção.
A iniciativa em Tapará miri iniciou em 2002 com foco ao combate da invasão dos lagos para a pesca das espécies em período de reprodução. Com a fiscalização voluntária e análise através da técnica de contagem, eles tem obtido sucesso.
A contagem é feita pelos moradores em parceria com a Sociedade para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente que freqüentemente participa do monitoramento.
Na próxima quinta-feira (01) mais dois lagos serão contabilizados: Lago Zabelinha e Lago Aracampina.
Técnica de contagem
A contagem é um procedimento anual que serve de critério para analise de como tem sido feito o trabalho de monitoramento dos lagos e de que maneira os animais estão se reproduzindo.
Conservar o maior peixe de água doce de escama do mundo tem sido a missão desses moradores de comunidades ribeirinhas como Tapará Miri, há décadas. Através do monitoramento e fiscalização dos lagos é possível evitar furtos para permitir a procriação livre da espécie que corre risco de extinção.
Os peixes são divididos em duas categorias: Juvenis (menores que cem centímetros) e adultos (maiores que 100cm).