Conselho de pesca do Tapará promove encontro para discutir acordo, seguro, fiscalizações, regularização de terras e manejo pesqueiro
/Assembleia reuniu lideranças das comunidades Pixuna, Santa Maria, Tapará Grande, Santana, Boa Vista, Costa do Tapará, Barreira, Correio, Tapará Miri e Igarapé do Costa.
Além dos moradores das regiões, representantes do Incra, Ipam, Colônia de Pescadores Z-20 e Sapopema integraram as discussões sobre diferentes temas que contemplam a vida dos ribeirinhos e a defesa do meio ambiente. A reunião foi uma realização do Conselho Regional de Pesca da região do Tapará que destacou que mais de 70% dos acordos feitos nas comunidades estão funcionando. "Se as lideranças tivessem poder de fiscalização o resultado seria melhor..." justificou sobre a ausência dos órgãos fiscalizadores em algumas comunidades para combater a pesca predatória.
Entretanto, apesar da deficiência com falta de suporte das vigilâncias, o diretor da Colônia de pescadores Z-20 Jucivaldo Pereira destacou que houve um aumento no número de peixes em alguns lagos através das contagens: "a causa deste resultado é a união das entidades. Tem aumentado nosso estoque de pirarucu com apoio da Sapopema. Na última contagem identificaram mais de 400 peixes. Em Tapará Miri o estoque está em média de 2.000 pirarucus. Na barreira identificaram muita Curimatá e acari -espécies que já estavam quase em extinção" explica. Segundo Pereira, o manejo tem contribuído para aumentar o estoque e melhorar a geração de renda dos pescadores.
Uma das perspectivas apresentadas para os pescadores é de expandir a capacitação realizada em três comunidades para as demais através da parceria entre Sebrae, Sapopema e Z-20 que em 2018 foi bem sucedida e gerou renda aos pescadores através da rodada de negócios.
Para a professora da Ufopa, Socorro Pena é fundamental a organização das comunidades no cumprimento dos acordos de pesca: "Pra nós esse resultado é muito importante porque está provado que quando a comunidade tem responsabilidade, ela contribui para o manejo pesqueiro, e a tendência é melhorar o estoque. Isso prova também que é necessário que o poder público faça o maior investimento em políticas públicas para contribuir no ordenamento dos recursos pesqueiros da várzea” - finaliza.
Durante o encontro também foi destaque a edição dos CCUs (Contratos de Cessão de Uso) que o INCRA está distribuindo na região da Várzea.