Curso de filetagem do pirarucu ensinará técnicas à pescadores do Tapará

Formação possibilitada através da parceria entre Sebrae, Sapopema e Colônia de Pescadores Z-20 faz parte das estratégias de valorização do trabalho de manejo das comunidades. Com a técnica será possível agregar valor ao produto e fornecer em maior escala a consumidores como a Secretaria Municipal de Educação;

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Santa Maria do Tapará receberá pescadores das comunidades Tapará Miri, Tapará Grande e Costa do Tapará. O curso será ministrado na quarta-feira (13/11) no horário de 09h00 às 18h00 com teoria a sob comando do Instituto Federal do Pará e à tarde pratica com técnicas da Edifrigo. A intenção é que através da formação, os pescadores que estão participando do processo de capacitações para valorização da cadeia produtiva e sustentável do pirarucu, aprendam novas técnicas de filetagem do peixe e estejam aptos ao mercado consumidor do produto em larga escala.

"Essa etapa agora objetiva um alcance maior no mercado e criação de novos produtos. Esse curso de filetagem vem para que os pescadores possam ter um produto diferenciado do que que eles costumam vender. Eles costumam vender só a manta, então agregando valor, fazendo novos cortes eles terão a possibilidade de agregar um maior valor no pirarucu e ter um faturamento maior. Possibilitando participarem da chamada pública da prefeitura Municipal de Santarém que tem interesse em conseguir inserir o pirarucu no cardápio escolar" - destacou o gerente regional do Sebrae, Michell Martins.

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O sistema de manejo comunitário de pirarucu tem um processo histórico de pesquisas e experiências consolidadas na Amazônia e esse processo da estratégia tem um ponto de referência que é a experiência do Instituto Mamirauá no município de Tefé no Amazonas. “Em Santarém estamos trabalhando com cinco comunidades que estão desenvolvendo experiências de manejo comunitário do pirarucu na região do Tapará: Santa Maria, Pixuna, Tapará Miri, Costa do Tapará e Tapará Grande. São mais de 200 pescadores envolvidos diretamente com a pesca manejada. Esse processo tem contribuído para melhorar a rentabilidade da atividade e a qualidade de vida dos pescadores na região” – explicou o coordenador da Sapopema, Antonio José Bentes.

A estimativa de produção do pirarucu em 2019 é de aproximadamente 20 toneladas em quatro comunidades do PAE Tapará. Essa produção representa 15% da demanda de pirarucu do mercado consumidor de Santarém que é bastante significativo.

São princípios do manejo: respeito ao tamanho mínimo de captura (um metro e meio), obediência às normas do seguro defeso (suspensão no período de 01 de dezembro a 31 de maio), captura durante as safras de cada ano não podem ultrapassar 30% da contagem dos pirarucus adultos.

Serviço

Quando? Quarta (13/11), das 09h00 às 18h00;

Onde? Santa Maria do Tapará, várzea de Santarém;

Quem? Pescadores, Sebrae, Sapopema, Colônia de Pescadores, IFPA e Edifrigo.

Fotos: Arquivo Sapopema.

Fotos: Arquivo Sapopema.