Programa Cisterna beneficiará 65 famílias de Tapará Miri, várzea de Santarém

Anuncio feito neste sábado (06) aos comunitários entusiasmou a região que sofre com ausência de abastecimento de água potável e falta de banheiros adequados.

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Na cheia dos rios, a água fica a poucos metros das casas construídas sobre palafitas. Entretanto, o risco está ainda mais perto. Sem fossas e com banheiros precários, a enchente traz consigo a contaminação. Já no período da vazante, os moradores precisam percorrer longas distancias para carregar a água em baldes.

Essa realidade está perto do fim. O anuncio feito neste sábado levou expectativa de dias melhores aos moradores da várzea: “vou ser um dos beneficiados e é uma inovação na nossa comunidade receber a encanação e banheiros que é uma dificuldade nossa” – contou Juvenal dos Santos, morador.

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As Tecnologias Sociais de Acesso à água compreendem dois tipos de sistemas de captação. Um sistema autônomo de famílias isoladas para captação de água da chuva para dez famílias e um sistema de rede para distribuição de água com poço artesiano que irá atender a 55 famílias, explicou o coordenador da Sapopema - Antônio José Bentes.

No encontro, os moradores receberam esclarecimentos da agenda de planejamento e pactuação das atividades que incluem capacitações e execução dos serviços. “Estamos esperando com muita ansiedade pra melhoria das famílias da nossa comunidade. É um processo coletivo e nós já nos organizamos. Todos os moradores estão cientes de que todos devem participar” – contou o presidente da associação comunitária de Tapará Miri - Amarildo Fernandes.

Esta é a terceira etapa do programa Cisterna na região do Tapará. Após a finalização dos serviços, será a vez da região do Ituqui.

Arquivo Sapopema

Arquivo Sapopema

Cisterna

O programa Cisterna faz parte da chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Social que em Santarém é gerido pelo Projeto Saúde e Alegria. A Sapopema executa as construções na várzea.

Referência em saneamento básico, o gestor do programa na região Projeto Saúde e Alegria tem uma longa trajetória de implantação de sistemas de água, contou o gestor do projeto Carlos Dombroski: “O Saúde e Alegria desenvolve um trabalho voltado para o saneamento básico comunitário, onde as políticas públicas não chegam o PSA está presente através do Programa de Água e Energias Renováveis. Hoje nós temos 52 comunidades que nós fizemos a parceria, acompanhamos e construímos sistemas de água. São mais de 4.600 famílias, mais de 16 mil pessoas que tem torneiras em casa. Se fosse somar toda a rede hidráulica são mais de 215 quilômetros. Maior que a própria rede hidráulica da cidade. É um trabalho de formiguinha que vai chegando na comunidade."