Reuniões em Alenquer fortalecem manejo de pirarucu
/Encontros aconteceram com pescadores das comunidades Ilha do Carmo (Pae Salvação) e Urucurituba (Pae Atumã) nos dias 09 e 10, respectivamente
Participaram da atividade representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Alenquer, Colônia de pescadores Z-28, Coordenadoria de pesca e Sapopema.
O objetivo do encontro foi apresentar às comunidades dados das contagens de pirarucu do ano de 2017 que servem de parâmetro para as ações de conservação das espécies presentes nos lagos.
Com base nos resultados, pesquisadores, órgãos de defesa do meio ambiente e pescadores discutiram o acordo de pesca que está em fase de estruturação em Ilha do Carmo: "As propostas foram definidas ano passado, mas faltam algumas adequações. A previsão para finalizá-lo será em abril" - explica o biólogo da Sapopema - Fábio Sarmento.
Em Urucurituba (Alenquer) haverá uma reunião específica em 12 de abril para revisar o acordo que abrange o lago Triste para regulamentar a pesca do Mapará entre Urucurituba e Atumã levando em consideração a liberação da pesca da espécie em 16 de março.
DADOS DA CONTAGEM
Na comparação das contagens de 2017 e 2016 no lago do Triste na comunidade Urucurituba é possível identificar o aumento no estoque (numero de pirarucus adultos). Em 2016 eram 53 e em 2017 o número passou para 69.
No entanto houve uma diminuição na quantidade de juvenis. Em 2016 foram contados 40 peixes, e em 2017 apenas 22. Sarmento explica que o decréscimo pode estar associado pesca de bodecos durante inverno. Moradores dessas áreas monitoram os lagos desde 2011.
Em ilha do Carmo as contagens ocorrem desde 2009. Ano passado foram contados 6 lagos. O Papucu apresenta o maior índice da espécie. Em 2015 foram contados 10 pirarucus adultos e em 2017 – 54. Os Juvenis eram 32 e 63 no ano passado.
Sarmento ressalta que nesta comunidade o aumento se deve a organização comunitária para a contagem.