Parcerias ajudarão município de Prainha no fortalecimento e regulamentação da cadeia produtiva do piracuí

Em nova visita à comunidade Anema no município de Prainha, equipes da Prefeitura da cidade, UFOPA e Sapopema deram continuidade ao levantamento de informações para caracterização do piracuí produzido de forma artesanal que não é reconhecido por legislação federal e que, por isso, tem a comercialização e exportação prejudicadas.

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Esta semana, a segunda viagem ao município contou com a presença da Universidade Federal do Oeste do Pará que está discutindo a formalização de um Acordo de Cooperação Técnica com a Prefeitura de Prainha para a Regulamentação do Piracuí produzido no município, realização de Estatística Pesqueira para ordenamento da pesca e beneficiamento e industrialização do Pescado.

A intenção da iniciativa é que com o processo de regulamentação, os moradores da cidade de Prainha reconhecida em todo o estado como “a cidade do acari” e maior produtora de piracuí, possa fortalecer a atividade de forma organizada e autorizada conforme explica o coordenador da Sapopema, Antônio José Bentes: “A partir desse trabalho conseguir visibilidade da produção e construir um novo conceito do pirarcui como alimento, sem nenhum problema de fiscalização e controle sanitário. Um produto produzido de maneira artesanal, apropriado para consumo e que possa ser exportado para outros estados sem as barreiras que atualmente existem”.

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Bom para a saúde, o piracuí (farinha de peixe ) é uma excelente fonte de proteína porque é composta por proteína de alta qualidade, é altamente nutritiva e pode ser aliada da dieta. ”Estamos desenhando um conceito novo, piracuí reconhecido legalmente como apropriado para o consumo humano, uma reconstrução e ressignificação como alimento importante para atender demandas de mercado regionais e fortalecimento da identidade do pescador artesanal na região – reforça Bentes.

Uma das perspectivas é que esse produto produzido em escala artesanal no município seja destinado a merenda escolar das unidades de educação de Prainha. A partir da experiência, outros municípios poderão ser estimulados a prática que incentiva a produção sustentável, a valorização da agricultura familiar e da pesca artesanal.

Reconhecimento

Com a caracterização do produto feita pela Prefeitura Municipal de Prainha, Colônia de Pescadores e Organização local dos produtores, Ufopa e Sapopema os produtores subsidiarão o MAPA com as informações da produção da comunidade Menino Deus do Anema que possui experiência bem sucedida com acordo de pesca e área de manejo comunitário do acari.

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Com o fim desse processo a Divisão de Produção Artesanal e Agroextrativismo do Ministério da Agricultura deve publicar um decreto que incluirá o piracuí como produto alimentício produzido de forma artesanal, o que possibilitará a comercialização entre instituições, como escolas que tem interesse em incluir o produto no cardápio da merenda escolar.

O Serviço de Inspeção Federal, também conhecido pela sigla S.I.F., é um sistema de controle do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil que avalia a qualidade na produção de alimentos de origem animal comestíveis ou não comestíveis. Os produtos aprovados recebem um selo de aprovação do S.I.F.

Para conhecimento: O Acari encontra-se no período do defeso. Durante a viagem foi produzida uma amostra de piracuí devidamente licenciada pela SEMMA/Prainha para que fossem coletas amostras para análises da UFOPA e identificação das espécies de acari que são utilizadas na produção do piracuí pelas comunidades.

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