Durante Festival, empresários conhecem trabalho de manejo e negociam pirarucu

Santa Maria do Tapará recebeu na segunda semana de novembro o tradicional Festival do Pirarucu que em 2019 celebra a iniciativa de conservação na décima terceira edição;

Comunitários que integram as estratégias de capacitações para a conservação do estoque pesqueiro e a melhor rentabilidade para os pescadores da várzea em Santarém, puderam apresentar aos empresários como funciona a organização comunitária e a atuação em defesa dos recursos naturais.

Durante o XIII Festival do Pirarucu, segundo o presidente da Associação de Moradores da Comunidade Santa Maria do Tapará, Raimundo Sousa foi movimentada a quantia estimada de 18 mil reais com a venda de 500 quilos do produto. Foram oferecidas opções como pirarucu frito, desfiado churrasco e ventrecha assada que atraíram a presença de mil e quinhentos visitantes.

Além da movimentação financeira na comunidade tradicional, o momento fortalece o projeto de capacitação e comercialização do Pirarucu de manejo fruto da parceria entre Colônia de Pescadores Z-20, Sebrae e Sapopema. Empresários tiveram a oportunidade de negociar com os pescadores e conhecer melhor o processo de conservação dos estoques.

“Foi um método muito interessante, realmente penso que a gente deu um bom encaminhamento e estou convencido de que a gente vai fazer um bom negócio e nessa parceria teremos resultado das melhores qualidade. Estou muito satisfeito” – Gilmar Pastana, empresário.

Para Sousa, o encontro foi bem sucedido e possibilitará novas oportunidades de negócio: “a gente tem a expectativa de vender fora do festival e ter mercado pra isso é bom”.

Manejo comunitário no Tapará

Em Santarém cinco comunidades desenvolvem experiências de manejo comunitário do pirarucu: Santa Maria, Pixuna, Tapará Miri, Costa do Tapará e Tapará Grande. São mais de 200 pescadores envolvidos diretamente com a pesca manejada. O processo contribui para melhorar a rentabilidade da atividade e a qualidade de vida dos pescadores na região.

A estimativa de produção do pirarucu em 2019 é de aproximadamente 20 toneladas em quatro comunidades do PAE Tapará. Essa produção representa 15% da demanda de pirarucu do mercado consumidor de Santarém que é bastante significativo.

São princípios do manejo: respeito ao tamanho mínimo de captura (um metro e meio), obediência às normas do seguro defeso (suspensão no período de 01 de dezembro a 31 de maio), captura durante as safras de cada ano não podem ultrapassar 30% da contagem dos pirarucus adultos.