Mulheres na ciência: pela conservação elas desenvolvem projetos na Amazônia e defendem os recursos naturais

No dia dedicado à mulher na ciência, conheça os projetos desenvolvidos pelas pesquisadoras da Sapopema e de que maneira eles impactam a sociedade;

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O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na ciência lembrado em 11 de fevereiro reforça o papel das cientistas em todo o planeta. Na região do Baixo Amazonas, a Sociedade Para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente tem mais de 80% de sua colaboração formada por esse público que desenvolve pesquisas e projetos para melhoria de vida das pessoas atendidas pela entidade.

"As pesquisas voltadas para a pesca artesanal com enfoque na questão de gênero representa um grande aprendizado e um espaço para dá voz a as mulheres que desenvolvem essa atividade e outras nas comunidades de várzea. As pescadoras nas comunidades as vezes desenvolvem múltiplas funções são mães de família, liderança comunitária, pescadoras, catequistas e tantas outras no intuito de promover a qualidade de vida as suas famílias e garantir o equilíbrio dentro do ecossistema onde vivem. Essa realidade me remete a nossa vida em fazer ciência onde muitas vezes exercemos tarefas diversificadas e ao mesmo tempo temos que ser pesquisadoras" - destacou Wandicleia Lopes, consultora da Sapopema.

Todas as colaboradoras em diferentes áreas de atuação, acumulam atividades práticas e teóricas aliando o conhecimento científico obtido na Universidade para compartilhá-lo à sociedade. Centrada na atuação para a várzea, a Sapopema tem diferentes projetos voltados à conservação do meio ambiente como manejo dos recursos pesqueiros, cadeia produtiva do pescado, desenvolvimento da pesca, aquicultura, e luta pelo desenvolvimento de políticas públicas.

Dentre as mais recentes pesquisas desenvolvidas pelas mulheres cientistas da Sapopema em parceria com os homens da entidade, o Plano de Desenvolvimento da Pesca e Piscicultura do Baixo Amazonas que composto por nove eixos estratégicos pretende ser instrumento de modernização da cadeia produtiva do pescado na região do Baixo Amazonas. Nele é possível conhecer as peculiaridades do território em questão, o Diagnóstico da cadeia produtiva da pesca e piscicultura na região, infraestrutura, Indústria pesqueira, Capacidade de gestão ambiental municipal, Recuperação dos ambientes de várzea, pesca no Baixo amazonas, Produção pesqueira, sistemas de pesca do Baixo amazonas e modelo de gestão regional.

Cientistas da Sapopema

Ligadas à Universidade Federal do Oeste do Pará, as cientistas atuam em diferentes vertentes em prol da conservação da natureza e defesa dos recursos pesqueiros na região da várzea do Baixo Amazonas. Confira quem são e quais são as áreas de atuação conforme a plataforma Lattes da CNPQ.

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Neriane Nascimento - Doutoranda do Programa Sociedade, Natureza e Desenvolvimento, Área: Ciências Ambientais (UFOPA), Mestre em Ciências Ambientais (UEPA) e Licenciada Plena em Ciências Naturais - Biologia (UEPA); Desenvolve pesquisa sobre co-manejo do pirarucu (Arapaima spp.) na região de várzea do baixo Amazonas. Atuante nas áreas Manejo e Conservação, Manejo da Pesca, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Educação para Biodiversidade (Amazônica) e Educação Ambiental.

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Pauliana Vinhote - Mestre em Ciencias da Sociedade pela Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA (2019), Especialista em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis - UFPA / 2016. Bacharel em Geografia - UFOPA/ 2017.Licenciada em Geografia pela UFOPA (2015). Ênfase em Problemáticas das Bacias Hidrográficas em Áreas Urbanas na Amazônia e Geotecnologias. Análise Ambiental. Experiência em Trabalhos de Campo em Florestas e Populações Ribeirinhas da Amazônia. Capacidade de relações pessoais, profissional e cultural, sendo estes essenciais para o trabalho em equipe.

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Poliane Batista - Possui graduação em Ciências Biológicas e mestrado em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos pela Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência em gestão de projetos de pesquisa e trabalhos de extensão na região de várzea do Baixo Amazonas.

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Priscila Saikoski Miorando - Bióloga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Ecologia pelo INPA, e doutora em Ecologia Aquática e Pesca pela UFPA. Atua como Professora adjunta na Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, no campus Oriximiná. Integra o Grupo de Assessoramento Técnico do Plano Nacional de Ação para os Quelônios Amazônicos, e os grupos de pesquisa "Ecologia Humana na Amazônia", e "Grupo de Ecologia Aquática", cadastrados no CNPq. Desenvolve projetos de pesquisa e extensão nas áreas manejo de recursos aquáticos, manejo de fauna, e especialmente em ecologia e conservação de quelônios amazônicos.

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Socorro Pena - Possui Doutorado em Educação, na Área de Concentração: Políticas, Administração e Sistemas Educacionais pela Universidade Estadual de Campinas (2016), mestrado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (2004) e graduação em Direito pelo Instituto Luterano de Ensino Superior (1998). Atuou como Extensionista Rural, no Movimento de Educação de Base - MEB (1985). Atuou como agente de pastoral, na Pastoral da Juventude da Diocese de Santarém-Pa (1985 a 1988). Atuou como educadora popular no Centro de Apoio aos Projetos de Ação Comunitária - CEAPAC (1988-1990). Foi Vereadora na Câmara Municipal de Santarém-Pa (1988 a 1996). Coordenou diversos projetos no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - IPAM (1997 até 2006). Integrou a equipe de consultores responsáveis pela construção do Zoneamento Ecológico-Econômico da Área de Influência da Rodovia BR-163 (2006-2007). Atuando principalmente nos seguintes temas: modelos jurídicos para regularização fundiária; planejamento regional; políticas públicas; manejo dos recursos naturais e pesca e aquicultura. Foi Assessora Especial II da Casa Civil da Governadoria do Estado (jan/2007 a 25 de julho/2007) desenvolvendo as atividades na Secretaria de Executiva de Estado de Agricultura, com a função de preparar ações para criação da futura Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura-SEPAq. Após a criação da secretaria assumiu a função de Secretária de Estado de Pesca e Aquicultura do Pará (26 de julho/2007 a dezembro de 2010). Atualmente exerce a função de professora assistente na Universidade do Oeste do Pará desde 13 de janeiro de 2011.

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Wandicleia Lopes- Possui graduação em Tecnologia em Redes de Computadores pelo Instituto Esperança de Ensino Superior- IESPES (2009) e em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA (2016), com Especialização em Gestão Estratégica em Políticas Públicas na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2016). É mestre em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida, Universidade Federal do Pará -UFOPA (2018). Atualmente, é doutoranda em Ciências Ambientais na Linha de Pesquisa Impactos Ambientais e Sociais da Mudança do Uso da Terra na Amazônia do Programa de Pós- Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento (PPGSND/UFOPA) (2019) e Professora Substituta do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Oeste do Pará. Tem experiência e interesse em pesquisa, principalmente, nos seguintes temas: Populações Tradicionais, Pescadores Artesanais, Quilombo, Agricultura Familiar, Produção Familiar, Gênero e Trabalho.

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Samela Bonfim - Possui graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelo Instituto Esperança de Ensino Superior (2014), Título de Especialista em Docência do Ensino Superior pelo IESPES (2016) e cursa Mestrado em Educação pelo PPGE da Universidade Federal do Oeste do Pará (2019). Atuou como repórter na TV Tapajós - afiliada à Rede Globo no Oeste do Pará no período de maio de 2014 à janeiro de 2019. Tem experiência na área de Comunicação, ênfase em Jornalismo Televisivo e Digital. Presta consultoria em assessoria de comunicação para à Sociedade Para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente - Sapopema e realizada o gerenciamento de conteúdo para redes sociais do Projeto Saúde e Alegria. Suas pesquisas são aplicadas a era tecnológica e aos impactos gerados no jornalismo tradicional pelo uso das novas ferramentas de comunicação. Também são áreas de interesse: o uso da tecnologia no processo de ensino aprendizagem na educação brasileira, os direitos humanos na divulgação de notícias, as ferramentas digitais como instrumento de monitoramento dos recursos naturais na Amazônia, a atuação de populações tradicionais na conservação do ecossistema e relação homem e meio ambiente.