Inicia organização de III e IV Feiras do Pirarucu de Manejo do Pará

Novas edições do evento serão realizadas em setembro e novembro, respectivamente;

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Após sucesso da primeira e segunda edição da Feira do Pirarucu de Manejo do Pará em Santarém, o evento terá duas novas edições em 2021. Pescadores de Pixuna, Tapará Miri, Costa do Tapará, Santa Maria e Tapará Grande participaram de encontro de planejamento na última sexta-feira (06/08).

A fase de organização compreende encontros, capacitações e organização do evento envolvendo os manejadores do Pirarucu das comunidades do PAE Tapará, Sapopema, Sebrae, Colônia de Pescadores Z20, Ufopa, Sedap e Semap. 

Reunião realizada em Pixuna do Tapará com pescadores das cinco comunidades manejadoras do pirarucu.

Reunião realizada em Pixuna do Tapará com pescadores das cinco comunidades manejadoras do pirarucu.

O evento busca a valorização da cadeia produtiva do pirarucu de manejo sustentável, promovendo oportunidade de comercialização do peixe in natura pelos pescadores da região da região do Tapará no Baixo Amazonas por meio da geração de renda aos pescadores das comunidades que juntas abastecerão mais de uma tonelada de peixe em cada edição.

No local (a ser definido) será possível conhecer a história e fotos do manejo na região do Baixo Amazonas, bem como dialogar com os pescadores que promovem a conservação da espécie através da vigilância dos ambientes aquáticos, contagem, estabelecimento de cota, cumprimento do período do defeso e dos acordos de pesca.

“O grupo de trabalho que vem atuando na estratégia de fortalecimento da cadeia produtiva do pirarucu de manejo se reuniu na sexta-feira (06) na comunidade Pixuna onde participaram todas as comunidades que fazem parte da parceria para traçar estratégias de ações para 2021. Os encaminhamentos indicam que vai ser necessário continuar implementando ações de capacitação dos pescadores na área de empreendedorismo com a participação específica do Sebrae nesse processo para fortalecer ainda mais as ações nessas comunidades. Em relação a comercialização nós vamos em conjunto com os pescadores e as comunidades manejadoras e o grupo de parceiros que envolve Sebrae, Semap, Sedap, Sapopema, Colônia de Pescadores Z-20 e Ufopa pelo menos inicialmente realizar duas grandes feiras do Pirarucu, uma no mês de setembro e outra em novembro” - esclareceu Antônio José Bentes, da coordenação da Sapopema.

Para o Sebrae, na fase de planejamento é fundamental que os pescadores recebam capacitações voltadas ao bom atendimento e negociação com clientes. “Foi a primeira reunião presencial e estiveram presentes dezesseis representantes de instituições e pescadores. O evento foi para comunicar e apresentar propostas para a continuidade do projeto em 2021. Nossa proposta pautou em cinco objetivos específicos: Gestão Empresarial; Certificação do produto - Selo de Inspeção Municipal (SIM) e Selo artesanal; Oportunidade de Negócios (Feiras, reuniões de negócio e PNAE); Artesanato (biojoias e adereços)” - ressaltou Analista e gestor do projeto pelo SEBRAE, José Luís Alves.

Campanha incentiva valorização do pirarucu de manejo no Pará

A campanha liderada pela Sapopema, Sebrae e Colônia de Pescadores Z-20 e apoiada por Mopebam, Ufopa, Sedap, Semap, CPP, EII, é uma continuidade de uma estratégia de valorização do pirarucu que começou em 2018 com a realização de capacitações em empreendedorismo, rodadas de negócios, cursos de filetagem e manipulação. Nesta fase a campanha pretende fortalecer o consumo desse peixe, e incentivar os consumidores a pedir aos proprietários de restaurantes e feiras que forneçam o peixe de conservação.

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A intenção é oportunizar meios para escoação do pirarucu produzido na região no próprio município de origem, de forma a gerar renda para as populações tradicionais e promover o entendimento do esforço que comunitários tem para garantir o futuro da espécie. A campanha informativa pretende disseminar conteúdos de forma clara sobre o manejo sustentável do pirarucu na região através de banners espalhados em restaurantes e feiras, folders interativos nas redes sociais, vídeo educativo, e artes gráficas. Para o diretor da Colônia de Pescadores Z-20, João Mário Pinto, a campanha cumpre um papel importante para esclarecer a população sobre o esforço comunitário: “muitas pessoas acham que é fácil manejar”.

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“Já faz mais de vinte anos que essas comunidades desenvolvem manejo do pirarucu que envolve todo um esforço comunitário a partir de um processo de organização e sistema de vigilância dos lagos, e um trabalho de contagem para monitoramento do estoque, conservação e estabelecimento da cota” - acrescentou Bentes.