Sapopema participa da II Oficina de Construção do Protocolo de Consulta do povo Apiaká em Trairão, Sudoeste do Pará
/Realizada na comunidade Pimental no município de Trairão, oficina contou com a presença de representantes da Ufopa, Sapopema, Ministério Público do Estado e outras entidades parceiras;
Defender os recursos naturais e lutar para que os povos tradicionais sejam consultados sobre processos de instalação de grandes obras é uma luta antiga Associação Indígena Apiaká Yakundá'y Aiaip Sudoeste do Pará. Mais especificamente há dois anos, os membros da entidade iniciaram o processo de construção do Protocolo de Consulta e consentimento do povo Apiaká. Para as lideranças do movimento, o protocolo é uma ferramenta de resistência e proteção do território, conforme defende o tema do encontro.
A segunda oficina realizada no período de 9 a 10 de janeiro na comunidade Pimental, contou com a parceria da Semdas Trairão, Augusto Lerverger, Ministério Público do Estado, Defensoria Pública do Estado do Pará e Fundo Casa, e com a presença das promotoras Lilian Braga e Mariana Sousa do MPPA e da professora da Ufopa e representante da Sapopema, Socorro Pena.
"Eles solicitaram a nossa colaboração (Sapopema e Ufopa) pra ajudar na sistematização e mapeamento participativo para construção do mapa do território de abrangência que vai constar no protocolo de consulta. Foi importante a nossa participação considerando essa parceria com Ministério Público do Estado no processo de construção para o protocolo do povo Apiaká no Médio, Baixo e Médio Tapajós. É importante para a resistência dos povos que enfrentam sérios problemas com a construção de grandes empreendimentos, grandes obras na Amazônia como hidrelétricas, ferrovias, portos que são bastante impactados" - explicou Pena sobre o evento.