Oficina capacita pescadores de 14 municípios do Baixo Amazonas e Tapajós para estratégias de comercialização do Pescado

A segunda oficina de capacitação com o tema ‘Mercados e estratégias de comercialização do Pescado’ foi realizada na última quinta-feira (29/07) na sede da Colônia de Pescadores Z-20 em Santarém;

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Em continuidade à estratégia qualificação de lideranças comunitárias das colônias de pescadores do Médio e Baixo Tapajós e fortalecimento institucional do MOPEBAM, foi realizado mais um encontro integrante do Projeto “Construção de diagnóstico e linha de base para pescadores do médio e baixo Tapajós” apoiado pela TNC.

Participaram da oficina, representantes de 14 Colônias de Pescadores filiadas ao Movimento Z-19 (Óbidos), Z-20 (Santarém), Z-56 (Itaituba), Z-52 (Aveiro), Z-11 (Monte Alegre), Z-28 (Alenquer), Z-41 (Oriximiná), Z-73 (Novo Progresso), Z-76 (Faro), Z-42 (Juruti), Z-66 (Curuá), Z-33 (Almeirim), Z-31 (Prainha), Z-75 (Terra Santa) e lideranças de Comunidades da região do Médio e Baixo Tapajós: (Aldeia Solimões / Stm); (Suruacá / Stm); (São Luiz do Tapajós / Itaituba); (Pimental / Itaituba), (Cametá / Aveiro) e (Cassuepá/ Aveiro).

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A ideia do encontro organizado pelo Mopebam em parceria com a Sapopema, Ufopa, Colônia de Pescadores Z-20 e apoiado pela TNC, foi apresentar alternativas viáveis para melhorar a renda dos pescadores por meio de práticas mais rentáveis. “Aprendendo sobre as inovações, tentando buscar o novo. Se a gente colocar em prática, com certeza vai melhorar. A ideia é multiplicar essas informações aos nossos pescadores que são empreendedores, e a gente vai ver produtividade” explicou o diretor do Mopebam, Manoel Pinheiro.

Para o Diretor da Colônia Z-56 de Itaituba, Francisco Coelho, a participação na oficina representa uma oportunidade de conquistar melhorias para os pescadores artesanais. "A pesca artesanal precisa acompanhar o desenvolvimento. Temos que ser capazes de criar meios para melhorar a nossa renda. Às vezes nós pegamos o nosso pescado, entregamos para o atravessador - que compra por um preço muito pequeno e fornece por um preço mais alto para a população. A gente vê que a renda do pescador, cada dia fica mais difícil. Nós precisamos nos capacitar para atrair a população pra comprar o nosso pescado” - ressalta.

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O coordenador do núcleo de base de Aveiro, Raimundo Nonato, considerou que a atividade precisa ser organizada para melhorar o fluxo de venda e aumentar a lucratividade ao pescador artesanal: "A comercialização é difícil porque a gente não tem um lugar adequado para armazenar o pescado. A gente tem que pegar e logo vender. Essa atividade representa uma aprendizagem melhor sobre a produtividade da pesca, qualidade do pescado, condições de para o consumidor” - conclui. 

Segundo a coordenadora da Sapopema, Wandicleia Lopes, o momento é de oportunizar capacitação para fortalecer as atividades da pesca, otimizando o fluxo de trabalho com organização e estratégia. “A capacitação ofereceu aos pescadores e pescadoras inclusão social e oportunidade de aprendizado para acessarem outros mercados e assim melhorar a geração de renda da categoria. Essa oficina é uma excelente oportunidade aos filiados das Colônias Pescadores do Baixo Amazonas e Região do Tapajós.  Outros cursos de capacitação serão ofertados a fim de fortalecer a organização dos pescadores e pescadoras” - destaca.

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Fotos: Wandicleia Lopes e Elizabeth Matos.